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Como funciona o FIES

Você está pensando em cursar o ensino superior, mas está preocupado com os custos e em garantir uma estabilidade financeira durante seus estudos? Se essa é a sua situação, o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) pode ser exatamente o que você precisa.

Neste artigo, vamos detalhar tudo o que você precisa saber sobre como funciona o FIES, abordando desde o passo a passo para a inscrição no programa, os critérios de elegibilidade, orientações sobre como manter o financiamento ao longo do curso, como funcionam as fases de amortização, e muito mais.

Introdução ao FIES

O FIES, um programa do governo federal, foi desenvolvido para facilitar o acesso ao ensino superior em instituições privadas para estudantes que necessitam de apoio financeiro, oferecendo financiamento a juros baixos e com condições de pagamento flexíveis, o programa se destaca como uma excelente oportunidade para quem busca formação de qualidade sem comprometer sua saúde financeira.

Mas como funciona o FIES? Quem pode se beneficiar dele? E quais são os passos para se inscrever e garantir esse apoio financeiro? Estas são perguntas comuns entre os estudantes interessados, e é exatamente o que vamos explorar neste artigo.

Neste guia, você encontrará informações detalhadas sobre como funciona o FIES, os requisitos necessários para se qualificar para o financiamento, o processo de inscrição e seleção, e muito mais. Seja você um estudante saindo do ensino médio, alguém buscando uma segunda graduação, ou até mesmo um profissional procurando especialização, o FIES pode ser a porta de entrada para sua jornada acadêmica.

Elegibilidade e requisitos para o FIES

Antes de entendermos como funciona e o passo a passo para as inscrições no FIES, é importante saber que o programa tem requisitos específicos que determinam quem pode se beneficiar do financiamento. Esses requisitos incluem:

  • Limite de renda familiar mensal: o FIES é voltado para candidatos de famílias cuja renda bruta mensal não ultrapasse cinco salários mínimos por integrante.
  • Desempenho no ENEM: para se qualificar, é necessário ter participado do ENEM desde a edição de 2010, alcançando pelo menos 450 pontos na média das notas das provas e não ter zerado a redação.
  • Status acadêmico: o foco do FIES está em indivíduos que ainda não possuem um diploma de nível superior. Portanto, pessoas já graduadas geralmente não se enquadram, a menos que estejam em busca de uma nova graduação em áreas específicas, como cursos de licenciatura.
  • Participação de instituições de ensino: somente são elegíveis os cursos de graduação ofertados por instituições privadas que fazem parte do programa FIES e que possuem avaliação positiva pelo MEC. Isso assegura que o financiamento esteja direcionado para cursos e instituições de reconhecida qualidade.

Estes critérios formam a base para a avaliação de elegibilidade ao FIES, garantindo que o programa beneficie quem realmente necessita, ao mesmo tempo em que promove padrões de qualidade e justiça.

Processo de inscrição no FIES

Agora que você já está por dentro dos critérios de elegibilidade, é hora de mergulhar no processo de inscrição no FIES. Apesar possa parecer complexo à primeira vista, devido às diversas normas e exigências, não há razão para se preocupar.

Esta parte é crucial para garantir que você cumpra todos os passos adequadamente, o que pode aumentar significativamente suas chances de conseguir o financiamento estudantil.

Estarei aqui para te guiar por cada etapa, descomplicando o que pode inicialmente parecer difícil.

Passo 1: Primeiramente, visite o site do Portal Único de Acesso ao Ensino Superior e selecione “Fazer Inscrição”. Faça o login usando sua conta do Governo Federal.

Passo 2: Depois de entrar com seu CPF e senha, você será direcionado ao sistema de inscrição do FIES. Complete os campos solicitados, como seu nome, e-mail, endereço e RG, e avance para o próximo passo.

Passo 3: Agora, você precisará inserir informações sobre seu grupo familiar, incluindo a renda bruta mensal de cada membro. É essencial checar todas as informações, pois erros ou dados inconsistentes podem levar a atrasos ou até mesmo à desqualificação da sua inscrição. Confirme que todas as informações estejam corretass e atualizadas.

Passo 4: Com esses dados em mãos, você tem a opção de escolher até três cursos, nos turnos e instituições de sua preferência, dentro da mesma mesorregião que escolher. Isso significa que as escolhas devem estar localizadas geograficamente dentro da mesma área mesorregional de sua preferência.

Passo 5: Para concluir sua inscrição, basta clicar em “Gravar e Avançar”. O processo seletivo do FIES leva em consideração as notas do ENEM, classificando os candidatos em ordem decrescente de pontuação. Fique de olho no edital e nos prazos estabelecidos.

Se for selecionado, será necessário comprovar as informações prestadas. Caso não seja escolhido de imediato, ainda existe a possibilidade de ser convocado através da lista de espera.

Ao seguir esses passos, você completa sua inscrição no programa. Lembre-se da importância de estar atento aos prazos e requisitos do processo seletivo, fundamentais para sua admissão no FIES.

Boa sorte e mantenha seu foco no objetivo de alcançar o ensino superior com o suporte do FIES.

Seleção e contratação do financiamento

Após de ser selecionado no processo seletivo, o próximo passo é formalizar seu contrato de financiamento estudantil.

Essa formalização ocorre em uma agência da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil, que atuam como agentes financeiros do programa.

Nesse momento, você e seu fiador (caso necessário) irão assinar o contrato, que especifica todas as condições do financiamento, incluindo as taxas de juros, o prazo de carência, o período de amortização, entre outros pontos cruciais.

Embora exista a possibilidade de negociar algumas condições com a instituição financeira para melhor atender às suas necessidades financeiras, o FIES estabelece previamente certos parâmetros para assegurar a acessibilidade do programa a todos os estudantes.

Estas condições facilitam o financiamento do seu ensino superior pelo FIES, diminuindo as barreiras financeiras durante e após a conclusão do curso.

Condições de pagamento

O processo de pagamento do FIES é organizado em duas fases principais: uma durante o tempo de estudo e outra após a conclusão do curso. Entender essas etapas é fundamental para planejar adequadamente o uso do financiamento e gerenciar suas finanças de maneira eficiente.

Veja como isso funciona:

Durante o Curso

  1. Fase de utilização: nessa etapa, enquanto você cursa a graduação, é necessário arcar mensalmente com a parte da mensalidade não coberta pelo FIES. Esse valor corresponde ao percentual da mensalidade que fica fora do financiamento, e não aos juros.

Por exemplo, se a mensalidade do seu curso é de R$1.000 e o FIES financia 80% desse valor, você terá um financiamento de R$800 por mês. Os 20% restantes da mensalidade, ou seja, R$200, são de sua responsabilidade e devem ser pagos diretamente à instituição de ensino todos os meses durante o curso.

Após a Conclusão do Curso

  1. Período de carência: finalizados os estudos, inicia-se o período de carência. Essa etapa pode durar até 18 meses, um intervalo no qual não é preciso efetuar pagamentos do financiamento, proporcionando um tempo para você se organizar financeiramente e ingressar no mercado de trabalho.
  2. Fase de amortização: após a carência, começa o período de amortização do empréstimo. O valor mensal a ser pago nessa fase é calculado com base em sua renda e no montante devido ao FIES.

Imagine que você tenha financiado a graduação por 4 anos. A amortização pode durar até 12 anos (três vezes o período de financiamento) mais 12 meses. Isso significa que, depois de se formar e passar pelo período de carência, você tem até 13 anos para liquidar o financiamento.

Se ao final do curso, sua dívida for de R$ 40.000 e sua renda mensal for R$ 5.000, um percentual dessa renda será destinado ao pagamento mensal do financiamento. Se esse percentual for 10%, por exemplo, você pagará R$ 500 mensais até saldar a dívida.

Compreender como o pagamento do FIES funciona é vital para um planejamento financeiro eficiente e sem sobressaltos, tanto durante os estudos quanto após a formatura.

Entendendo as taxas de juros 

Quando se fala em financiamento estudantil, uma das principais preocupações é sobre as taxas de juros envolvidas. No caso do Fundo de Financiamento Estudantil, compreender essas taxas é crucial para fazer uma escolha informada.

As taxas de juros do FIES tendem a ser menores às encontradas em empréstimos convencionais, oferecendo assim uma alternativa mais viável e econômica para estudantes.

Contudo, vale ressaltar que os juros do FIES são divididos em duas partes: uma taxa fixa, definida no ato da contratação, e uma taxa variável.

Para o ano de 2024, a taxa fixa é de 6,5% ao ano. Quanto à taxa variável, ela está atrelada ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o indicador de correção monetária.

Esta correção monetária, ligada à inflação medida pelo IPCA, significa que as variações de preços de produtos e serviços influenciam diretamente o seu financiamento. Por exemplo, se a inflação for de 3% em um determinado ano, a parcela variável dos juros do seu financiamento também aumentará, afetando o montante das suas parcelas. Esta conexão direta com a economia pode fazer com que o custo total do seu financiamento varie significativamente ao longo do tempo.

Portanto, enquanto a parte fixa dos juros proporciona uma certa estabilidade, a parte variável, sujeita à inflação, pode alterar o custo total do financiamento ao longo dos anos.

Entender como funciona o FIES e seus processos oferece segurança e tranquilidade para o planejamento do seu futuro acadêmico e financeiro.

Escolher esse caminho para financiar sua educação representa um investimento valioso em sua trajetória profissional e educacional, mas exige planejamento e conhecimento para que as suas expectativas estejam sempre alinhadas com a realidade financeira e os compromissos assumidos ao longo do período de financiamento.

Isso significa estar ciente das obrigações contratuais, entender as condições de pagamento e preparar-se para eventuais ajustes no orçamento. Assim, você pode gerenciar de forma eficaz o seu financiamento, evitando surpresas e garantindo que a sua jornada educacional seja tão tranquila e produtiva quanto possível.